Citando: Manuel Bandeira
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto.
Meu verso é sangue, volúpia ardente
Tristeza esparsa, remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota a gota do coração.
Esse versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!
Qualquer forma de amor vale amar!
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