Talvez seja meu inferno astral (aniversário chegando né), mas ando muito reflexiva sobre tudo. Pensando em quando meu sonho de vida era entrar na UFMG, me formar, trabalhar com o que eu gosto, isso lá em 2009 no meu primeiro vestibular, não imaginaria que seria tão difícil viver meu sonho. Eu sabia que seria difícil entrar na universidade, ainda mais para quem vem de família pobre, precisa escolher entre trabalho ou estudo, fora os recortes de raça e faixa etária. Eu mesma só consegui realizar isso aos 30 anos.
Todo mundo diz que viver o sonho é maravilhoso, incrível como se fosse um mar de rosas, mas o que ninguém te diz é que é exaustivo e muitas vezes adoecedor. Tenho uma amiga que o sonho dela era fazer medicina veterinária na federal, ela conseguiu logo que saiu do ensino médio mas ela não conseguiu se formar. Ela ficou tão doente com a competição e a auto cobrança que acabou saindo.
Dizem que viver é melhor que sonhar, mas para mim depende do sonho, da sua rede de apoio, da sua condição financeira e muitos outros fatores sociais e psicológicos. Não estou dizendo que irei desistir ou que vocês tem que desistir dos sonhos de você, estou dizendo que não é fácil. Para alguns pode até ser fácil, mas para a maioria de nós não é.
Atualmente estou no 6° período, que vai até fevereiro por causa da greve (infernooo) e eu sinto que não aguento mais. Eu trabalho de 7h às 17h, muito longe de casa, estou esgotada e estamos em janeiro! Mesmo querendo abandonar tudo, eu não tenho essa opção. Preciso concluir esse curso e fazer o máximo que puder para mudar a realidade da minha família.
Para você que está passando pelo mesmo que eu, tudo que eu posso te dizer é: não se compare com as pessoas que podem apenas estudar e que ficam o dia todo na universidade. Você está fazendo o seu melhor e o mais difícil você já conseguiu. Cuide da sua saúde, se cerque de pessoas legais que te ajudem a suportar os momentos difíceis, viva um dia após o outro e mostre para o mundo o quão incrível você é!
Hey, pessoinhas! Hoje vou compartilhar com vocês um pouquinho da minha espiritualidade. Então, bora lá?
Há um tempo atrás, tive um sonho que pareceu real. Sonhei que estava grávida e era uma menina. Ela se chamaria Natacha e o Nathan ficou muito feliz quando ela nasceu. No sonho, o tempo foi se passando e, em um piscar de olhos ela cresceu, se despediu de mim e disse que eu nunca mais iria sonhar com ela. Era um adeus. Para sempre. Acordei chorando, sentindo um vazio que só senti quando estava internada e achei que nunca mais iria ver o Nathan. Ali eu soube que meu sonho de ter mais um filho, uma menina, não iria se realizar.
"buried alive inside my dreams but it was all a fake out"
Desde então venho pensando sobre como sonhos morrem, quando a gente descobre finalmente que não podemos realizá-los. Escutei em um podcast que “é errado sonhar”, que “devemos trabalhar com a realidade e parar de sonhar”. Como eu poderia simplesmente parar de sonhar se é isso que me mantém viva? Se a chama que me mantém nesse mundo até hoje são meus sonhos? O sonho de ter uma vida melhor, viajar, ser a base para que meu filho possa realizar os sonhos dele, de melhorar (mesmo que seja um pouquinho) esse mundo que a cada dia está pior para se viver?
"So make no plans and none can be broken"
A cada vez que desisto de um sonho, sinto uma parte de mim morrer. É como morrer várias vezes em uma mesma vida sem ninguém suspeitar. Como querer viver assim? Como conseguir viver assim?
Sou muito pé no chão e sempre espero o pior de cada plano que eu faço para não me decepcionar depois. Mas e os sonhos? Sonhos, muitas vezes, são maiores que nós. É aquele momento do dia que quando pensa nele sendo realizado, você dá um sorriso, um suspiro, sente um quentinho no coração. Também ouvi (no mesmo podcast) que você é a única representante do seu sonho na face da Terra... Vale a pena continuar sonhando? Ou melhor desistir enquanto há tempo?
Sou muito pé no chão e sempre espero o pior de cada plano que eu faço para não me decepcionar depois. Mas e os sonhos? Sonhos, muitas vezes, são maiores que nós. É aquele momento do dia que quando pensa nele sendo realizado, você dá um sorriso, um suspiro, sente um quentinho no coração. Também ouvi (no mesmo podcast) que você é a única representante do seu sonho na face da Terra... Vale a pena continuar sonhando? Ou melhor desistir enquanto há tempo?